“Como o hábito de reclamar afeta seu cérebro, segundo a ciência”

Estudos científicos revelam que reclamar constantemente pode ter impactos negativos no cérebro, afetando o humor, a memória e até mesmo a saúde mental. Pesquisadores explicam como esse hábito reforça padrões negativos de pensamento, altera conexões neurais e pode aumentar os níveis de estresse e ansiedade. Descubra como o cérebro reage às reclamações frequentes e quais estratégias podem ajudar a reverter esse ciclo prejudicial.

TrendReport

3/19/20253 min ler

Ciência explica como o hábito de reclamar afeta o cérebro e pode prejudicar a saúde

Reclamar faz parte da rotina de muitas pessoas, seja para desabafar sobre problemas no trabalho, no trânsito ou até mesmo sobre pequenos incômodos do dia a dia. No entanto, estudos científicos mostram que esse hábito pode ter efeitos negativos no cérebro, impactando não apenas a forma como pensamos, mas também nossa saúde mental e emocional.

O impacto das reclamações no cérebro

Quando reclamamos constantemente, nosso cérebro cria conexões neurais que reforçam esse comportamento. Isso ocorre porque os neurônios que disparam juntos tendem a se fortalecer, tornando o ato de reclamar um padrão automático. Segundo pesquisas em neurociência, essa repetição pode tornar a negatividade um hábito difícil de quebrar, fazendo com que enxerguemos o mundo de forma cada vez mais pessimista.

Além disso, o ato de reclamar ativa a amígdala, região do cérebro responsável pelo processamento das emoções, principalmente o medo e o estresse. Isso faz com que o corpo libere altos níveis de cortisol, o hormônio do estresse. O excesso de cortisol no organismo pode levar a problemas como:

• Aumento da ansiedade e do estresse crônico;

• Maior risco de depressão;

• Prejuízo à memória e à concentração;

• Enfraquecimento do sistema imunológico;

• Aumento da pressão arterial e risco de doenças cardiovasculares.

Reclamar pode ser contagioso

Outro fator preocupante é que o hábito de reclamar pode influenciar negativamente as pessoas ao nosso redor. Estudos em psicologia social mostram que estar cercado por indivíduos que reclamam constantemente pode nos tornar mais propensos a adotar o mesmo comportamento. Isso acontece porque nosso cérebro possui neurônios-espelho, que nos fazem imitar inconscientemente o estado emocional dos outros.

Ou seja, quanto mais convivemos com pessoas que reclamam, maior a chance de internalizarmos esse padrão e nos tornarmos igualmente negativos.

Como reverter esse ciclo negativo?

Se você percebe que reclama com frequência, existem algumas estratégias para reverter esse hábito e treinar o cérebro para ser mais positivo:

1. Praticar a gratidão – Estudos mostram que focar no que há de positivo na vida pode ajudar a reprogramar o cérebro e reduzir o impacto da negatividade. Criar um diário da gratidão pode ser um bom começo.

2. Reformule seus pensamentos – Em vez de reclamar, tente encontrar soluções ou reformular a situação de forma mais otimista. Por exemplo, ao invés de dizer “O trânsito está horrível”, tente pensar “Posso aproveitar esse tempo para ouvir um podcast ou música que gosto”.

3. Evite ciclos de negatividade – Se perceber que está cercado por muitas pessoas que reclamam constantemente, tente mudar o rumo da conversa para algo mais positivo ou se distanciar quando necessário.

4. Pratique a meditação e o mindfulness – Técnicas de atenção plena ajudam a reduzir o estresse e a ansiedade, permitindo que o cérebro saia do modo reativo e entre em um estado mais equilibrado.

5. Busque terapia ou apoio psicológico – Se a negatividade e as reclamações forem excessivas, pode ser útil conversar com um profissional para desenvolver estratégias mais eficazes para lidar com pensamentos negativos.

Conclusão

Embora reclamar seja algo natural em certas situações, transformar esse hábito em um comportamento frequente pode prejudicar a saúde mental e até mesmo física. Compreender como o cérebro reage às reclamações nos ajuda a mudar esse padrão e buscar uma abordagem mais positiva para enfrentar os desafios do dia a dia.

Que tal começar hoje mesmo a focar nas coisas boas? Seu cérebro e sua saúde agradecem!